sábado, 2 de junho de 2012

Cuidados na hora de aproveitar a redução de IPI


Os feirões em concessionárias de carro continuam. Desde que os novos preços, com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), começaram a ser aplicados, as lojas estão cheia de pessoas buscando um automóvel. Mas nem todos os interessados vão conscientes dos compromissos que serão firmados após a assinatura do contrato. É preciso ter em mente uma estratégia clara de como a compra deve ser realizada, e uma ideia nem um pouco enevoada a respeito dos gastos futuros.

O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), Geraldo Tardin, enumerou uma série de cuidados necessários. O primeiro é não comprometer, na prestação do carro, qualquer percentual maior do que 15% do seu orçamento. “Também se deve verificar se existe a necessidade de comprar o veículo. Outra dica é fazer uma pesquisa com o veículo já definido”, disse. Isso porque uma pesquisa, feita pelo próprio Ibedec, mostra que todas as pessoas que iam atrás de um carro básico terminavam comprando um com quatro portas e ar-condicionado. O número de parcelas em que o financiamento será pago é motivo de preocupação. “Não deve exceder 36 meses, porque depois disso a manutenção do carro é mais alta”.

Assim como explicou Tardin, o professor de Economia da Faculdade Boa Viagem (FBV) Roberto Ferreira disse as pessoas “precavidas” não devem comprometer mais do que 15% a 20% em parcelas de financiamento. “Mas isso varia muito, porque é a renda de cada um que vai definir isso. Quanto maior é a renda, mas ele pode se comprometer”, afirmou. “Algumas das instituições financeiras”, lembra Ferreira, “exigem que não exista mais do que 25% da renda familiar. Elas normalmente procuram ver a situação de cada um dos compradores. Isso para saber se já existe algum outro empréstimo a ser quitado”, explicou.

Tardin também fez questão de ressaltar que os gastos não cessam com o financiamento. “Vai além disso, é preciso lembrar que se deverá pagar o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e o seguro do veículo”, pontuou. Para se ter uma ideia de quanto deve ser o custo do IPVA, o site do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) explica da seguinte forma: “aplicando-se sobre o valor total da nota fiscal, proporcionalmente ao número de meses restantes do exercício, calculado a partir do mês da ocorrência do fato gerador (...)”, além das alíquotas, que é de 2,5% para automóveis.

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