O juiz Fernando Cézar Barbosa de Souza, auxiliando a 5ª Vara Cível do Fórum Clóvis Beviláqua, condenou o Banco do Brasil a pagar indenização de R$ 5 mil para o advogado L.A.A.. Ele teve o cartão de crédito cancelado indevidamente.
De acordo com o processo (nº 50048-74.2007.8.06.0001), no dia 10 de maio de 2007, o advogado abasteceu o carro em um posto localizado no Centro de Fortaleza. Quando foi efetuar o pagamento com o cartão da referida instituição financeira, o frentista disse que estava cancelado.
Nos autos, L.A.A. assegurou ter ficado surpreso, pois as faturas haviam sido pagas e tinha saldo suficiente. Sem dinheiro, recorreu a dois amigos, que estavam no veículo, para pagar a dívida de R$ 75,00.
Ele buscou esclarecimentos na agência bancária e o gerente disse que o cancelamento do cartão ocorreu em janeiro daquele ano, em razão de o nome do cliente ter sido inscrito em órgãos de proteção ao crédito. Ainda de acordo com o processo, o Banco do Brasil reconheceu o erro, mas manteve o cartão cancelado.
Inconformado, o advogado entrou na Justiça com pedido de indenização por danos morais. A instituição financeira contestou, afirmando que a culpa foi exclusiva de L.A.A., que não tomou conhecimento do cancelamento mesmo após quatro meses. Alegou ainda ter agido em conformidade com as normas e obrigações bancárias e não ter praticado nenhum ato abusivo ou ilegal.
Ao analisar o caso, o magistrado entendeu que ficou evidente o constrangimento sofrido pelo advogado. Segundo o juiz, cancelar o cartão, sem prévia comunicação ao consumidor, e negativar o nome é passível de reparação moral.
Fonte: TJCE
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