sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Banda larga fixa gera desconfiança


Depois do fracasso das promoções na telefonia móvel e das crescentes reclamações dos usuários sobre a qualidade dos serviços prestados, o mercado vê com desconfiança o novo plano de internet banda larga fixa da TIM. O produto, lançado em agosto, logo após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) punir a operadora com a suspensão da venda de novos chips de telefonia móvel em 18 estados e no Distrito Federal, promete entregar velocidade 20 vezes mais rápida que a média nacional.
A entrada do Live TIM amplia a briga no ramo da banda larga fixa de alta velocidade. Somente no primeiro mês de operação, dois mil usuários do Rio de Janeiro e São Paulo aderiram ao novo serviço, número que pode crescer de forma descontrolada com o início de promoção semelhante àquela que gerou problemas na telefonia móvel.
Os clientes que se cadastrarem até 31 de outubro pagarão só R$ 35 até a Copa do Mundo de 2014 por navegação ilimitada com velocidade de até 35 megabits por segundo (Mbps). Quem preferir uma conexão ainda mais rápida (50 Mbps) pagará R$ 50 mensais até a Copa. Além da TIM, operam o serviço as empresas Net, GVT, Telefônica e Oi.
Para o Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), a empresa pode ter problemas em entregar o que está prometendo. O Ibedec acredita que antes de lançar promoções desse tipo, as operadoras deveriam apresentar comprovação de que têm a sustentação do produto, para só então a Anatel liberar o serviço. A fiscalização é sempre posterior, o que gera problemas de atendimento. A empresa vende mais do que pode sustentar.
Fibra óptica

A conexão de internet fixa proposta pela empresa é feita por meio de fibra óptica. Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, esse é o meio mais confiável e rápido para se trafegar emdados. A depender do investimento na infraestrutura, a transmissão e os serviços que podem ser oferecidos são praticamente ilimitados. Entretanto, a instalação deste tipo de rede ainda tem custo elevado, se comparado com outras opções. No caso da TIM Ciber, a saída encontrada, segundo o diretor de Marketing, Flávio Lang, foi a compra, no ano passado, da AES Atimus, por R$ 1,6 bilhão, o que garantiu mais de 5,5 mil quilômetros de fibra instalada em 21 cidades das regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

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